quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Vai ser assim... Eu vou chegar em casa e te acordar às 03:50 da manhã, beleza? Você irá reclamar que estava tendo um sonho lindo e me chamará de egoísta, mas logo vai perceber uma música romântica no ambiente e que estou com uma expressão de chatice após mais um expediente longo no trabalho. Irá ligar os pontos e antes que eu faça a pergunta crucial, sua resposta será sim. Esboçando um sorriso de alegria e satisfação por não ter sido tão meloso quanto a maioria dos caras que se ajoelham no meio da multidão com um buquê de flores, afinal descrição era um dos itens que mais valorizo em você. Irei dispensar sutilmente a banda que toca na sala antes que você se levante e mude de ideia e no dia seguinte será mais um daqueles dias em que a gente se apaixona novamente. Iremos almoçar no mesmo restaurante que nos conhecemos, caminhar até o metrô e nos despedirmos para se encontrar em casa e contar como foi o dia pensando o tempo inteiro no casamento. Para cada decisão tomada, uma peça de roupa será tirada e uma dose de vodka nos fazia planejar o casamento mais sincero possível, sem aquelas frescuras de ensaio de jantar e distância de uma dama de honra pra outra em posição do vento com o arrastar do véu... Aquilo não fazia o nosso tipo. No final, depois de longos dois meses de espera, lá estava eu de terno no altar, você de vestido vermelho, Elvis tocando na sua marcha ao altar, nossa enorme plateia de cinquenta convidados não paravam de rir e estávamos registrando mais um dia no nosso mural dos dias felizes, que ganhavam de lavada do de dias tristes.
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