quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Eu não precisaria de muitas palavras. Acho que eu não precisaria de palavra alguma, apenas levar minha mão à sua nuca, um leve afago nos seus cabelos, vagarosamente te acariciar e deixar que nossos desejos se encontrem. E depois, nossos lábios. Isso seria o suficiente. O suficiente pra te fazer saber o que eu sinto, mas se você quiser palavras, eu as digo. Eu sei que o ser humano costuma precisar demais das palavras, deixando de lado as evidências. As palavras são persuasivas e acabam sendo o ponto de partida de uma crença, seja ela verdadeira ou não (dizer que uma crença é verdadeira ou não talvez seja complicado, ficaremos então com o termo ilusionista da coisa). Repito: as palavras são persuasivas e acabam sendo o ponto de partida de uma crença, incluindo as ilusões. Voltando ao meu romantismo, saiba que as palavras que usarei para descrevê-lo, por mais simples que pareçam, são de inteira sinceridade e possuem seu sentido conotativo. Lá vai: eu te quero e vou querer sempre. Te quero do seu jeito, do meu jeito, do nosso jeito. Aquele jeito que se encaixa como um quebra-cabeça, perfeito e bem trabalhado, complicado no começo, porém belo no final. Aquele jeito que só o nosso molejo sabe. Aquele jeito que só os nossos olhos conseguem penetrar a fundo nosso cérebro e decifrar todos os tipos de sorrisos possíveis existentes no nosso rosto. Te quero do exato jeito em que peguei na sua mão pela primeira vez e te guiei com meus passos nervosos, minha tremedeira quase incontrolável e minha timidez ridiculamente disfarçada. Te quero tentando entender o porque da sua cabeça baixa, ao tentar arrancar o primeiro beijo da sua boca e o malabarismo da conquista até descobrir um rosto vermelho de vergonha e os lábios mais doces que eu já beijei. Te quero desde o exato momento em que ouvi seu primeiro "oi" direcionado a mim. Te quero sempre descobrindo suas manias, suas imperfeições, seus vícios e erros. Te quero forte, soberana, de queixo erguido, te imaginando como uma escudeira viking no campo de batalha, sem temer a morte e o sangue... Assim como te quero frágil, no meu colo, ao redor dos meus braços como se fosse seu escudo impenetrável. Te quero me guiando também, me mostrando como é que se vive no seu mundo louco, cheio de arco-íris e tempestades. Te quero com detalhes, observando até o jeito que você calça uma meia, diferente da outra... Te quero desse jeito, do jeito que eu penso que é o que sempre sonhei, mas que você consegue surpreender em cada gesto, a cada dia, se superando e me mostrando o que realmente é estar apaixonado. Acho que tô te querendo agora. Acho? Não, não... Eu tenho certeza.



Exagerei? Cheguei a me iludir ou te iludir? Acho que não sei trabalhar exatamente com palavras. Como havia dito antes, palavras são persuasivas. Então preste atenção nos meus detalhes e verás que todos eles dizem... Te quero pra sempre.

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